Diálogo com a comunidade - Jornal Sinal Verde

um canal de comunicação com a comunidade

Volume 8 - 26/11/07

Edições Anteriores



IMPRIMIR


Perguntas dos leitores:

Tire suas dúvidas. Mande-nos suas sua pergunta!
Este é um espaço para vc fazer perguntas, esclarecer suas dúvidas e curiosidades. Mande sua pergunta para nós!

Envie sua pergunta:clique aqui

Jornal - Sinal Verde
Qual a orientação ao vestibulando, dentro da abordagem Comportamental? (pergunta enviada pela estudante de Psicologia, Maria Sandra da Silva Oliveira, de Campinas-SP)

Na psicoterapia sob o enfoque da Análise do Comportamento, trabalhamos com as contingências de reforçamento presentes na vida do cliente em interação com a história de contingências a que a pessoa foi exposta desde o nascimento. Da mesma forma, quando orientamos os jovens sobre a escolha profissional, também fazemos uso da análise de tais contingências.

A orientação dada ao vestibulando é que ele conheça os determinantes de sua escolha e lide adequadamente com as variáveis das quais os seus comportamentos são função. Para isso, ele pode pedir ajuda a um orientador profissional.

Antes de tudo, a Análise do Comportamento entende a "vocação" como um conjunto de comportamentos e sentimentos, resultantes do arranjo de inúmeras variáveis a que cada indivíduo está exposto desde o nascimento. O arranjo dessas variáveis, ao longo da vida da pessoa, modela certos interesses e habilidades, que poderão corresponder a várias profissões e áreas de atuação. Portanto, a vocação, os interesses e habilidades são construídos durante a vida.

Durante um processo de orientação profissional, o cliente aprende a escolher. Para Skinner, escolher é um comportamento de tomar uma decisão. Segundo ele, o comportamento de decidir é um processo de criar condições que tornem um determinado curso de ação mais provável do que outro. Para que isto aconteça, o vestibulando deve considerar as seguintes variáveis:

  1. Pessoais, às quais o jovem já se encontra exposto, e que envolvem o controle e a expectativa dos pais, o nível sócio-econômico, a influência de amigos, professores, meios de comunicação, e a historia de reforçamento anterior para determinada atividade. Chamamos esta etapa de autoconhecimento, pois o jovem precisa discriminar tais variáveis para ampliar o repertório de análise das opções e possibilidades de escolha profissional. Basicamente, ele deve responder prioritariamente aos seus valores e não ceder aos determinantes vindos de outrem. Nesta etapa, está a identificação dos interesses, habilidades, valores, expectativas etc. genuínos, isto é, próprios do vestibulando, com um mínimo de interferência coercitiva.
  2. Profissionais, que incluem informações sobre cursos, áreas de atuação, salário, mercado de trabalho etc. Nesta etapa de conhecimento da realidade profissional, o jovem precisará se expor a essas variáveis para ser capaz de analisar as informações obtidas e relacioná-las com suas características pessoais.
  3. Tomada de decisão, que inclui a história de aprendizagem em tomada de decisão, o custo da resposta para isto, critérios de inclusão e exclusão para a seleção e restrição das opções profissionais e a consideração de conseqüências reforçadoras a médio e longo prazo. Na tomada de decisão, o jovem precisa compor tais variáveis de forma a facilitar a decisão, ou seja, precisa restringir ao máximo as opções de consideração para tornar mais provável a ocorrência da tomada de decisão, seja a seleção de uma única opção ou a seleção do menor numero possível de opções profissionais.

Durante o processo de decisão, o vestibulando deve ser informado de seus déficits (timidez, por ex.) e excessos comportamentais (hiperatividade, por ex.), bem como sobre seu repertório comportamental composto pelos pré-requisitos para uma bem sucedida imersão no mundo profissional. Uma decisão potencialmente correta tem que estar apoiada sobre um desenvolvimento comportamental compatível. Gostar de... Fazer escolha... Completar um curso... Não são garantias de que a pessoa está apta - comportamental e afetivamente - para ter sucesso (no sentido abrangente que o termo pode implicar) profissional.


Anna Paula Badellino

Anna Paula Badellino
CRP: 06/63794
Cursando Especialização em Terapia por Contingências de Reforçamento

Jornal - Sinal Verde
A partir de que idade uma criança pode começar uma terapia?

Não há uma idade específica para se iniciar um processo de desenvolvimento afetivo e emocional. De acordo com nosso método de trabalho, através da Terapia por Contingências de Reforçamento, temos procedimentos e técnicas que se aplicam a qualquer ser humano, sem restrições. Assim, a partir do momento em que uma pessoa nasce, ela já pode ser submetida a procedimentos que auxiliem o seu desenvolvimento.

A psicoterapia é um processo de cooperação entre terapeuta e cliente, no qual um influencia a atuação do outro e vice-versa. Temos maneiras diferentes de trabalhar de acordo com cada caso.

Quando uma criança é ainda não-verbal, ou seja, é muito pequena e não aprendeu a falar, o processo terapêutico deve ser adaptado e conduzido através de orientações aos pais e pessoas relevantes (avós, tios, babás etc.) na vida do bebê. A criança, por outro lado, pode ser não verbal como resultado de desenvolvimento atípico, independentemente de sua idade cronológica. Neste caso, além da orientação aos membros relevantes de seu universo, ela pode ser cuidada diretamente através de procedimentos que não pressupõem comportamento verbal (modelagem, fading, encadeamento, imitação etc.), mas consistem em manejo sistemático de eventos antecedentes e conseqüentes aos comportamentos.

Quando a criança se torna verbal, o processo pode se dar em conjunto com a criança e os pais. Há, ainda, alguns casos nos quais a terapia é feita somente com a criança, não dependendo dos pais para o sucesso terapêutico.

Nossos comportamentos são produtos das contingências de reforçamento a que somos expostos. O ambiente os modela, fortalecendo alguns e enfraquecendo outros. Trabalhamos, então, com as contingências de reforçamento atuantes na vida do indivíduo.

Assim, nossa maneira de trabalhar pode variar e se ajustar dependendo das características da população que é atendida, pois nossas técnicas e procedimentos se adequam a quaisquer pessoas e problemas trazidos por elas.


Simone Kathiúscia Fernandes Vilas Bôas

Simone Kathiúscia Fernandes Vilas Bôas
CRP: 06/77577
Especialista em Terapia por Contingências de Reforçamento - ITCR Campinas

Jornal - Sinal Verde
ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA A TURMA 2008 DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM TERAPIA COMPORTAMENTAL - TERAPIA POR CONTINGÊNCIAS DE REFORÇAMENTO

INFORMAÇÕES: Clique aqui para maiores informações

Jornal - Sinal Verde
NOVOS DVDs À VENDA

Ver na seção "Produtos à Venda" do site Clique aqui para maiores informações

Jornal - Sinal Verde
PARA PENSAR

Esse é o nome da nova seção do site ITCR - Terapia por Contingencias de Reforçamento.Clique aqui para maiores informações

Jornal - Sinal Verde

"Fazer acontecer... Esse tem sido sempre meu tema favorito. Fazer o máximo a partir do que você tem."

(Skinner em D. W. Bjork, 2003, B. F. Skinner - A Life)

Jornal - Sinal Verde
Instituto de Terapia por Contingências de Reforçamento

Rua Josefina Sarmento, 395, Cambuí - Campinas - SP
Fones: (19) 3294-1960/ 3294-8544
Clique aqui para entrar em contato

Página Inicial | Edições Anteriores | Voltar | Subir | Fechar

Jornal - Sinal Verde