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Volume 17 - 14/07/08

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COMO A ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DEFINE O AMOR?
(Questão enviada para o Jornal Sinal Verde).

Não vou apresentar a definição de Amor do ponto de vista da análise de comportamento neste texto, mas expor algumas reflexões pessoais. Assim, aquilo que se costuma chamar de Amor não é um sentimento, mas uma mistura de vários sentimentos, com densidades que variam de acordo com os parceiros que estão sendo analisados e segundo diferentes momentos da interação entre eles. Qualquer lista dos sentimentos que compõem o Amor ficará, possivelmente, incompleta, mas pode-se citar: ternura, dependência, medo, erotismo, rejeição, raiva, tolerância, paixão, posse, prepotência, humildade etc. etc. É de tal cadinho de sentimentos que se constrói e se mantém uma relação entre duas pessoas. A resultante pode revelar a predominância do bem estar ou do sofrimento e vários fatores contribuem para a feição afetiva que toma o relacionamento. Pode-se sublinhar entre eles: história de contingências (história de vida) de cada membro do par; a maneira como, durante a convivência, vai se alinhavando passo a passo a relação (às vezes, causa espanto o tom agressivo que caracteriza a relação de um casal... Ocorre que o que se vê é o produto atual de um longo processo de relacionamento, o qual escapa ao conhecimento do observador externo à relação); as condições atuais de vida de cada um (condição financeira, presença ou ausência da família, crenças e valores, tais como "a relação deve durar para sempre", "amor é eterno" etc.). Usualmente, um relacionamento começa pelo interesse que a aparência de um (o fenótipo físico e a grife, que se revela nas roupas, carro etc.) produz no outro. Tal relação é basicamente erótica e, como tal, com intensidade passageira. Diz-se que os parceiros estão apaixonados (assim definida, existe paixão à primeira vista). Apenas a interação continuada permite aos dois observarem os comportamentos um do outro. Tal acesso a uma amostra mais abrangente da forma como cada um se comporta desperta sentimentos significativos e interações fundamentadas na realidade (e mesmo assim há tantos equívocos...). O Amor só emerge em condições nas quais são cultivadas interações genuínas. As pessoas, de fato, amam comportamentos (assim definida, a relação de amor depende de conhecimento recíproco e isso leva tempo. Assim, não há amor à primeira vista; interesse sim). Pode-se concluir, então, que nas relações amorosas o belo e o essencial não são exatamente a mesma coisa. O relacionamento vai se desenvolvendo e, inevitavelmente, começam a ocorrer sentimentos vários. Há momentos de raiva e de aconchego; de ternura e de rispidez; de proteção e de abandono; de companheirismo e de antagonismo; de erotismo e de enfado; de aproximação e de afastamento; de segurança e de desconfiança; de lealdade e de infidelidade; de desejo e de repulsa... são tantos, tantos... de intensidades e freqüências variadas. Tudo isso compõe o Amor, palavra mágica, abstração a que todos almejam e que cada qual busca, mesmo que de forma errática. É assim o Amor, conceito que, mesmo sendo impossível de definir, contém elementos - doces e amargos - fundamentais para a sobrevivência afetiva e física do ser humano. Amor: uma síntese de sentimentos, cuja fórmula jamais se repete e com composição fluida que se altera a cada fração de vida. Ininteligível e essencial, enfim.


Hélio José Guilhardi

Hélio José Guilhardi
CRP: 06/918
Mestre em Psicologia Experimental pela USP
Diretor do ITCR-Campinas

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Qual a proposta da TCR para o tratamento de encoprese em criança com TDAH?

A Terapia por Contingências de Reforçamento (TCR) é um modelo de psicoterapia que apresenta como proposta de trabalho manejar as contingências mantenedoras de comportamentos inadequados e sentimentos ruins. Não trabalhamos diretamente com comportamentos e sentimentos, mas com as contingências em operação na vida do cliente.

Os diagnósticos não são ponto de partida ao traçar qual tratamento a ser adotado, pois compreendemos que cada indivíduo é único e os eventos que controlam seu comportamento inadequado são específicos e, por tanto, para cada caso, vão surgir análises funcionais distintas e planejamentos de procedimentos próprios a serem trabalhados.

No tratamento de encoprese (situação de defecação inadequada) em criança com diagnóstico de TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade), nosso objetivo é diminuir o padrão de comportamento inadequado da criança e aumentar padrões mais adequados de comportamento em seu ambiente, produzindo como conseqüência, sentimentos de bem-estar. Para isso, planejamos um programa de modificação de comportamento, que implica em instalar na criança e também na comunidade (pais, escola e cuidadores) que a cerca, novos repertórios de comportamentos adequados e incompatíveis com os comportamentos inadequados.

Algumas intervenções utilizadas no tratamento de encoprese abrangem: entrevista com os pais; reeducação alimentar da criança (se necessário, encaminhar para um nutricionista); treino de toalete (ensinar a criança a usar o vaso sanitário); relaxamento; registro de evacuações (que permite relacionar com o contexto as quais elas ocorreram); atividades lúdicas, jogos e desenhos; procedimento de economia de fichas (recompensar a criança sempre que o comportamento adequado ocorrer); modelagem; entre outras.

Outro enfoque importante da intervenção é o de ensinar e orientar aos pais e professores na aplicação dos procedimentos e no acompanhamento diário da rotina da criança, já que o psicoterapeuta não poderá estar presente na dimensão que engloba satisfatoriamente o procedimento.

A escolha das estratégias de intervenção dependerá de um estudo cuidadoso de identificação, análise e intervenção, próprio para cada criança. Não há uma proposta "fechada" de tratamento de encoprese ou de algum outro comportamento considerado problema.


Diana Alvim Pena Canavarros

Diana Alvim Pena Canavarros
CRP. 06/77551
Especialista em Terapia por Contingências de Reforçamento - ITCR - Campinas
Mestranda em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP

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NOVOS DVDs À VENDA

Ver na seção "Produtos à Venda" do site Clique aqui para maiores informações

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PARA PENSAR

Esse é o nome da nova seção do site ITCR - Terapia por Contingencias de Reforçamento.Clique aqui para maiores informações

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"Beleza é comportamento emitido por uma pessoa, a qual pode, às vezes, ter também um corpo belo"

(Hélio J. Guilhardi-02/03/08)

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Encontros para Pais de Crianças em Idade Escolar

Informações no site: www.terapiaporcontingencias.com.br

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Instituto de Terapia por Contingências de Reforçamento

Rua Josefina Sarmento, 395, Cambuí - Campinas - SP
Fones: (19) 3294-1960/ 3294-8544
Clique aqui para entrar em contato

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